Dois polícias militares do Batalhão de Polícia Militar Rodoviário (BPRv) suspeitos de exigir R$ 400 para não aplicar multa a motorista com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) supostamente vencida, foram alvos de uma operação nesta quarta-feira (13).
A investigação apurou que os dois PMs, que eram lotados no posto de Mariópolis, exigiram o valor da vítima que depositou o mesmo, via PIX, na conta bancária de uma funcionária terceirizada do posto rodoviário.
Horas após a situação, a vítima descobriu que a CNH dela não estava vencida e solicitou em ligação ao posto policial, que o dinheiro fosse devolvido. O valor foi estornado tempo depois pela conta em que a vítima depositou o dinheiro.
A operação do Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Mariópolis, Chopinzinho e Capanema, ambas no sudoeste e um em Guarapuava, na região central do Paraná.
Os mandados da 'Operação Reembolso' foram cumpridos com apoio da Corregedoria Geral da Polícia Militar em postos policiais e endereços ligados aos investigados.
A operação do Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Mariópolis, Chopinzinho e Capanema, ambas no sudoeste e um em Guarapuava, na região central do Paraná.
Além da operação, o Juízo da Auditoria Militar determinou o afastamento imediato dos policiais militares das funções operacionais e aplicou outras medidas cautelares, como a entrega do fardamento e do armamento de ambos.
A funcionária terceirizada também está sendo investigada por participação em suposto esquema de cobranças indevidas. Se comprovada a prática, os policiais devem responder por concussão, que é quando servidor público usa da função para exigir vantagem indevida.
Foram apreendidos nesta quarta (13) equipamentos eletrônicos e documentos que passarão por perícia e passam a compor a investigação.
O Gaeco acredita que outras pessoas possam ter sido vítimas do crime e reforça que está à disposição para possíveis denúncias de caso iguais ou semelhantes ao registrado em Mariópolis.
Fonte:G1Paraná /Foto Gaeco/PR